terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fim de Ano: partidas e chegadas

Descobri que não vamos até estações rodoviárias, ferroviárias ou aeroportos, mas sim, carregamos em nós esses momentos de despedidas e reencontros. Não que imagine um trem saindo de uma orelha a outra, ou um avião pousando sobre nossas cabeças, mas simplesmente percebi que não tenho mais medo de perder as pessoas, pois somos constantemente uma plataforma de chegada ou partida de amigos, familiares, colegas, amantes... Como se a cada nova passagem vendida – a cada momento que nos dispomos a conhecer e nos relacionar –, mais ricos nos tornamos. Aprendemos a ouvir ou a discutir e muito discordar de novas idéias; ou receber tudo com uma curiosidade enorme, e até mesmo rir de coisas simples; e, quando não, deixamos nos sentir coagidos, aceitando os empurrões e críticas que nem sempre são para nós, mas apenas são uma forma de desabafo.

Às vezes as lágrimas não podem ser contidas, assim como o desanimo ou uma boa gargalhada tornam-se expressões incontroláveis por nós de nossos sentimentos. Do momento de interesse, da espera do passageiro – seja para chegar ou partir –, tudo parece somar-se a esse instante de expectativas: ou achar que tudo foi uma perda de tempo, sentir raiva e não ver a hora de recomeçar; ou poder ter o desejo do renovo sabendo que o que viveu foi único, foi a Vida que te abraçou e lhe concedeu oportunidades, sejam elas de mudar completamente o que você acredita (deixar-se levar), ou pelo contraste afirmar com veemência aquilo que não deseja mais.

Anima-me recompor todo o meu ano e relembrar as pessoas que de passagem conheci. Algumas foram presentes por um período longo, quase que durante todo o ano. Outras, no tempo de uma dança. E o melhor de tudo isso é saber que de forma não premeditada posso simplesmente me cruzar de novo com uma amiga que agora vai morar longe; com alguém que com choro me despedi, mas agora posso revê-lo sem mágoas; e tantos outros, que só de pensar me dá vontade de simplesmente agradecer essa tal Vida. Além de tudo, na contagem regressiva dos meses para a virada do ano, eis que surgem outras novidades que por enquanto não quero que se apressem em partir, se também desejarem, passem um pouco mais de tempo nessa estação – pois liberdade é concedida àquele que compra a sua passagem e para aquele que a vende –, e assim trocamos mais algumas figurinhas na espera do trem.

Por fim, a todos boas festas e que possam conhecer muitas pessoas com a liberdade de ir e vir, de deixar chegar e partir. Assim, permitir-se viver e se conhecer.
Coisas que gostaria que algumas pessoas me escutassem, mas como sei que nem sempre estarão dispostas a isso, deixo por escrito na esperança de que um dia possam ler.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apenas um comentário...

Estou para o deixar a um bom tempo, mas sempre acabo me esquecendo, até porque a maioria dos textos aqui são feitos no "calor do momento": pensei um A, e já quero colocar logo pra fora todas as palavras. O pior é que pelo que tenho colocado tem sido, em alguns casos, um grande repeteco, entre o que quero e o que posso, entre o poder e a proibição. E nesse sentido, o proibitivo ganha o pseudônimo de "mundo", e o eu fica sendo o meu apelido às minhas vontades. Porém, o que seria esse "mundo"? Muito incerto, como diria o meu amigo Lukinhas: “é tudo e nada ao mesmo tempo”! Enfim, tentando caracterizá-lo (esse tal de mundo) da melhor forma - e conversando com o sr Renato - penso que esse tal de "mundo" seja não mais do que eu mesma! Hmm? Sim, um eu que muitos constroem (como eu) contrário ao daqueles dos desejos, dado por uma "condição histórica" (a educação, o reconhecimento da vida, os valores, e sei lá mais o quê) que impõe certos limites, medos... E fico, ou ficamos, assim, a internalizá-lo, a nunca estigmatizá-lo, ou melhor, como a Camilinha aprendeu com o seu terapeuta: a brincar com a imagem do medo, fazer distorções, fazer o que vc bem entender com ela. Ou seja, assumir que vc é quem projeta seus medos, seu "mundo", sua proibição, etc.
Bem, esse foi apenas um primeiro comentário de um possível reconhecimento e reorganização...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desse modo
Entre minha imagem e preservação social e emocional, posso lhe negar todos os convites, e mesmo um “Bom dia”. No entanto, como mulher, como alguém que posso acreditar ser sentimental e preocupada com o próximo, eis que gostaria de lhe responder positivamente a todos os convites, superar, até mesmo, a minha timidez e lhe fazer tantos outros mais. Essa situação só me deixa incerta, insegura, ansiosa, instável, individualista, julgadora e até corrupta. Altero-me, assim, facilmente, intoxico-me e vendo facilmente para o futuro o que mais gostaria de estar fazendo agora: dando lhe um “abraço”, o qual só imagino onde e como seria (se agora, com hálito de bolacha, chocolate e chicletes de menta), pois sei que o mundo, ao mesmo tempo que insiste para sermos proativos, exige-nos que não sejamos loucos ou extrovertido de mais, porque isso pode ser ousadia demasiada, que, por fim, talvez nos custe muito caro. Desse modo, deveria buscar o equilíbrio, mas as minhas recusas só me levam a pesar ainda mais as circunstância do que agora me permito revelar por palavras; ao passo que poderia (preferiria) declarar pessoalmente, de corpo presente. Bastava eu ter esse tal do equilíbrio, certeza do que quero e não quero, estável, assim, sem nenhuma tensão e pressão de tudo e todos. Ah... Se fosse assim, tenha certeza que poderia facilmente insistir, não lhe deixaria pensativo, e se eu tivesse algo para desconfiar ou temer, passaria por cima, porque o que me bastaria é simplesmente um momento: livre para não pensar, só sentir...

sábado, 26 de setembro de 2009

Você: como se eu estivesse em uma tarde de quarta-feira de férias em casa com chinelos e coque no cabelo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Simples?!
Foi só fechar os olhos que e trabalhador de ontem se percebeu sozinho. Ontem era pura animação: a empolgação de um novo posto. Hoje, tudo já tinha virado rotina. As boas expectativas de uma nova tarefa, da realização e reconhecimento foram passando. Amanhã, as barreiras vão surgir, e aquilo que parecia bom, útil e de grande oportunidade, vai desaparecendo... E quanto mais ele pensava nisso, mais apertava seus olhos, puxava os cabelos e chorava, chorava e chorava enquanto a água gelada ia escorrendo naquele corpo que ele pouco conhecia. Pedia – implorava – para não estar louco. Sabia que estava perdendo seus traços de sanidade, mas não podia deixar se aceitar como um animal em plena civilização do século XXI.

Mas ao passo que tentava resistir a sua condição, mais se entregava a dor: não tinha forças para resistir ao descobrimento de que era mais um, apenas um! Chorava, ao caminhar do banheiro à cama, do quarto ao telefone. Ah... Alguém iria ter que o entender: precisava de alguém para compartilhar sua dor! Mas estava sozinho, na louca lógica da vida para si mesmo: trabalho, motivação, comida, ilusões, decepções, esforço, suor, nada e nada, e tudo para reconhecimento – para seu próprio conhecimento nesta “civilizada” sociedade.

Quando já não tinha a quem discar e pouco sentido conseguira no choro e as perguntas que fazia a si mesmo, quase que sem nenhuma esperança, o telefone tocou e ele descobriu: não precisaria mais de motivação para viver seu dia-a-dia, nada de massagem para aguentar acordar o outro dia cedo e ralar mais um pouco para que outros rissem por trás, ou com desanimo buscassem ensiná-lo. Ele simplesmente descobriu que não precisava ser forte, não precisava viver para si, tinha que estar bem. Tinha que viver sem saber se algo iria fazer para mundo, se realizaria algo cuja história o presentearia com a eternidade. Simplesmente soube que era para um outro alguém que ele continuaria a respirar. Sim, não mudaria mais o mundo, mas o seu próprio. Ah, com certeza se guiaria pelo abraço e sorriso, os quais não seriam uma atitude de ingenuidade diante dos problemas, mas sim, sabia que a dureza desgasta a todos e, portanto, só poderia ser humano, viver tranquilo, sabendo que o futuro não o pertence, e que não vai fazer um terremoto de transformação, vai simplesmente viver, viver no prazer de amar e revelar o amor.

Sim, ao trabalhador bastaria o simples: iria ter que comer, ter que conhecer os problemas e arquitetar soluções, mas disso não mais faria sua vida. Viveria, viveria para o outro. Assim, ele abriu os olhos, se despediu daquele que ligou de forma inusitada. Ficou em paz, e só queria mostrar que estava assim: agora tomando um fôlego... Sem, mágoas, sem pressa, sem soberba, sem orgulho, somente intimo de suas sensações e dos outros. É, ele muito queria abraçar, beijar e abrir um mega sorriso... Aceitou não ser assim tão civilizado, condicionado a busca pela perfeição...

sábado, 15 de agosto de 2009

Esse texto é da minha amiga NÊ! Achei engraçadinho...
Um EMOmento

Poxa, acho que estou meio down hoje...
É... acho que sim... =/
Sabe o que é?!
Queria receber um email de alguém, sei lá quem, ou um telefone, uma carta, alguma coisa, só para saber que alguém gosta de mim, que eu faço falta, que eu GERO SAUDADES.
Vish...
Estou num EMOmento... me sentindo só, quase um pó, parece engraçado né?! Hehehe
É... mas o dia ta chato, sem vontade de fazer nada, só DORMIR, nada de trampo, nem guias, nem pacientes, nem exames, nem médicos, nem chefes, nem colegas de trabalho, nem – e muito menos – telefone. =x
Só queria uma coisa agora... Saber que gero saudade!
Ah vá!!!!
Vai me dizer que você nunca se sentiu assim. Todos, um dia sequer, se sentiram ou se sentirão assim, a não ser que essa pessoa não tenha coração ¬¬’
Ah!! E nem vem dizer que é TPM, às vezes tenho até dó dela, TUDO é culpa dela. Se o casal briga, é ela; se perde a concentração, é ela; se ta irritada, é ela; se erra o alvo, é ela; se dá tudo errado, é ela; se perde o emprego, é ela; se o time perde, é ela; tudo... tudo... tudo... é ela... coitada! =/
E dessa vez nem é ela, é apenas um EMOmento!!!
Bom, enquanto não recebo nenhum email, nem meu telefone toca, nem o carteiro passa, nem o mundo acaba, vou continuar vivendo, esperando, sonhando. O relógio vai continuar girando, as folhas vão continuar a cair lá fora, e daqui a pouco terei que varrê-las novamente.
Vou acabar de almoçar... quem sabe até o fim do dia não me surpreendo e acaba esse meu EMOmento! ¬¬’ (autor: Nê)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Me Falta...
Se eu tivesse coragem?

Teria coragem de ter coragem
Coragem de dizer o que sinto
Coragem de saber seus pensamentos
Coragem de recomeçar
Coragem de desencanar
Coragem de continuar
Coragem de perseguir
Coragem de acreditar
Coragem de guardá-lo

Coragem de citar seu nome
Coragem de iniciar qualquer conversa

Se eu tivesse coragem...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Esperança?
Seriamos nós a vivermos pelas nossas vidas, ou são elas que vivem por nós? Quando menos esperamos – quando temos tanta certeza de algo -, nos puxam o tapete! Ah, será que seria tão bom assim os nossos caminhos pertencerem só a nós mesmos? Vivermos sem a influência de terceiros: agir livremente com a certeza de que todos os objetivos seriam alcançados? Será que teríamos tantos sonhos se nunca tivéssemos um fracasso para nos puxar para uma nova motivação: dar a volta por cima? Muita coisa acontece devido ao acaso: muitas são tão boas, que mesmo assim nos damos o direito de odiar a vida, essa bandida que rouba a nossa provisão sobre o futuro, e com uma venda em nossos olhos nos faz caminhar, assim, no escuro. Ela, entretanto, pelo menos nos deixa o tato, que nos dá a falsa impressão de sabermos o que de fato terá a um passo a frente.
Acredito que a minha recomendação não seria: “tenha esperanças meu filho...”. Mas gostaria de dizer que estamos vulneráveis a muitas coisas, pois nãos somos “deuses” para botar a mão no fogo por tudo, podemos sim, simplesmente, permitirmos sonhar, mas sem que isso seja o motor do nosso dia: viva esse agora, proteja-se, esforce-se... Simplesmente pelo agora!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Preocupada ou irônica? Achei hilária a idéia do seguinte texto: "Toque de Recolher, minha opnião" (autor: Vanilde)
Eu achei que foi muito bom essa prorrogação das aulas....pra mais 15 dias. mas eu accho que deveria também ter um TOQUE DE RECOLHER as 9 da noite- que a moçada sabendo que não vai haver aula- estão na felicidade comemorando e querem ir pro shopping- cinema- barzinhos boats- na balada. e eles não tem essa coisa de não usar os mesmos objetos pessoais do amigo- eles comem a sobremesa na mesma colher- tomam refrigerantes no mesmo copo- e quando vem 10 amiguinhas aqui em casa e fazem uma tigela de brigadeiro - comem cada um com sua colher mas na mesma tigela!!!!!! E as mães que tiram férias junto com suas crianças?? Agora tem que voltar a trabalhar e não tem com quem deixar- se deixar sozinhos em casa e a vizinha denunciar- vai dar abandono de incapaz- e pode ser mesmo perigoso- podem se queimar- consumir produtos químicos- ccair da janela entre outros. E se a mãe faltar do trabalho é dispensada e não vai ter o sustento da família. Os jovens accham que a gripe existe- mas isso é coisa que acontece longe- eles nem precisam lavar as mãos toda hora. E a gente fala- fala e fala- HUMMMMM.... Mas eles não tem noção- não tem maturidade pra entender e tomar os devidos cuidados. Para não haver falencia nos barzinhos - deveria deixar os adolescentes sairem até 1o da noite de segunda e quarta- de 18 aos 25 anos de terça e quinta e de 25 aos 40 anos- de sabado e domingo e os com mais de 40- gestantes idosos e nenes tem que ficar só em casa!!!rsrsrrsrsrsrrsrsrsrsrsrs a não ser que seja agente de saude- médicos que tem que sair pra atender seus pactes. Isso a noite e passeios- o trabalho tem que continuar normal!!!! Olha quem fala né????? como se eu pudese dar algum palpite!!! mas todos podem ter uma opinião. E o primeiro passo é conseguirmos fazer com que nossos filhos consigam entender- assimilar e realizar os cuidados que os órgãos de saude ensinam. Tchau- Abraço- Vanilde.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Postagem saindo fresquinha...
Uma amiga - que nem sabe o quanto a admiro (pq não contei? Hmm... ainda não sei, quem sabe para ver se ela descobre aqui no blog =]) – me emprestou um livro, aqueles do tipo best seller, e como não poderia ser diferente, a leitura simples e de auto-ajuda conseguiu me cativar para transcorrer as paginas sobre uma boa alimentação. Enfim, o livro “vc é o que vc come” me deu boas dicas, e já na segunda, que foi quando o li, tentei implementar as sugestões da autora, Gillian Mckeith, nas minhas refeições. Hoje, uma terça feira de belo sol pela manhã e meio chuvosa durante a tarde, fiquei com bastante expectativa para ver os resultados positivos!

E milagrosamente os obtive! Primeiro no estágio, ganhei, de uma outra amiga, um CD cheio de músicas, e não foi apenas isso. Quando cheguei em casa, - lá pelo meio dia e meio - dentro do envelope do CD havia um lindo cartão (Adorei Bruna)! Passado alguns minutos, de forma inesperada recebi uma ligação: foi um outro amigo. E quando já não havia mais surpresas para esperar... De repente o meu pai e uma outra amiga chegaram (aliás, Camila, a sua torta estava uma delícia!!).

Sabe, foi a refeição mais gostosa que tive entre esses últimos dias, mesmo não sendo muito digestiva (estou até agora digerindo): sem muita proteína, mas com bastante surpresa, presentes... E só foi acabar no horário do café da tarde, quando ganhei do Thiago um outro CD de um vídeo que eu estou bizarra (mas adorei), e tive uma ótima conversa com ele até chegar em casa às 18h – tirando o cachorro que apareceu na estrada (Thiago, foi desesperador, não?).

Agora só falta esperar pelo jantar...

sábado, 25 de julho de 2009

Não busco fama, dinheiro... Quero compartilhar idéias, não que essas precisem ser nobres e que possam gerar debates calorosos, intelectuais. Elas só precisam ser idéias! Precisam ser lidas, mesmo que tantas vezes toscas, com sentido ingênuo ou muito simplista para uns... Mas enfim, que sejam elas, as minhas idéias que um dia alguém possa ler e também desejar compartilhar as suas, pode até ser como crítica, como xingamento, desgosto, etc. Saiba que vou ouvir! São, assim, os meus dois objetivos: mostrar o meu mundo, o mundo dos meus desejos; e também ouvir sobre as suas opiniões, sejam elas do meu mundo como do seu (será que estou sendo muito prepotente?).
Homenagem aos Amigos
Ainda no mundo das possibilidades... Imagine ter braços enormes pelos quais seus amigos se agarrariam e iriam com você para todos os lugares. Nos dias de trabalho para tirar o tédio e a rotina. Naqueles de testes, só para lhe confortar e dar bastante ânimo. Nos momentos a “sós”, só para você não ficar depressivo. Nos dias de muita leitura, para se ter um debate, cujas discussões são amigáveis, honestas e nada carregadas de preciosismo nas falas daqueles que nem ao menos consideram necessário ouvir a sua opinião. Nos dias de choro, para que as lágrimas se multiplicassem e todos fossem cúmplices daquela tarde dramática...

Enfim, são tantos dias e motivos que gostaria de ter os meus amigos por perto. Será que vocês, meus amigos, sabem que são tão importantes assim? Eu desejo... bem, gostaria (sei da impossibilidade), que vocês pudessem estar do meu lado para dividir cada nova descoberta: desde de sentimentais, como profissionais, como... sei lá, todas!

Os braços são curtos, eu sei, mas pelo menos os da imaginação são enormes! Assim, querem partir para mais um dia de compartilhamento?
O dia de hoje
Eu gostaria de ter ficado na cama até ao meio dia, mas mesmo desejando, às nove da manhã já estava de pé, mesmo sendo um dia chuvoso de sábado. Enfim, levantei me sentindo um pouco mais fofa depois de tanta pizza, pão e chocolate da noite anterior. Olhei no espelho, prendi o cabelo e até tentei sorrir para ver se a “auto-estima” melhorava, mas acho que não adiantou muita coisa. Porém, não tem problemas, a vida continua, e apesar de mais gordinha, com preguiça e um pouco de chuva lá fora, por que não tomar um café da manhã (comer mais um pouquinho) e fazer as minhas coisas, aquelas obrigações que não vejo a hora de acabar?
Liguei o computador, e nada, não consegui fazer do estágio. Então (pensei), vou fazer meu TCC, mas de novo nada (pela terceira semana), e até levantei a hipótese de talvez não estar mais gostando do meu tema, mas o pior foi o momento seguinte, a minha conclusão: se no meu curso de RI, o tema que escolhi parece mais interesse, será que o problema todo seria, assim, o curso de graduação? Será que é só isso que quero para mim? Seria então, RI simples e puramente para toda a minha vida?

Ah... esse mundo não nos dá tempo! Não permite que eu entre na rotina de dormir até às 12h; não me deixa sentar na sala e simplesmente assistir a filmes o dia todos; não me possibilita experimentar fisicamente para que eu tivesse a curiosidade de buscar a teorização; e, por fim, não me deixa comer chocolate sem culpa, pois não está a venda roupas largas e confortáveis no Fashion Week.... E para piorar, tenho a consciência de tudo isso, e mesmo assim, me deixo passiva... Simplesmente me deixo guiar pelas competições insanas. Por quê? Seria o não saber do que de fato quero e preciso? Seria por não confiar tanto assim em minha consciência (talvez nessa consciência humana... sei que pela idade esteja um pouco longe da vitimação do alzheimer) e achar melhor não tomar nenhuma outra posição pois posso enfim cair na insanidade?

Bem, a manhã desse sábado está que chegando ao seu fim, e eu nem consegui começar nada... Acho que os filmes e o espírito aventureiro ficarão para um outro dia (esse que nunca chega), pois vou ler mais um livrinho para tentar entender a tal da “Teoria de Estado”.
O mundo dos desejos concretos
Se fosse construir o mundo, ele teria regras, regras para tudo! Em dias de chuva, todos seriam obrigados a ficar em casa com pipoca e filmes. Em dias de muito frio, os cafés seriam o lugar acolhedor, ninguém nas ruas (na ilegalidade), o legal seriam as xícaras nas mãos e os amigos ao redor. Já os de muito calor, pouca roupa e praia: ai daqueles que ficassem dentro de suas casas! E, por fim, para que tudo isso desse certo, a troca, ou melhor, a possibilidade de fazer ou não, de comprar ou não, estaria determinado simplesmente pelo desejo, ou melhor, interesse em cumprir as leis: um mundo mediado pelas leis, estas um pouco diferentes, pois diriam diretamente o que se deve fazer e, assim, tudo estaria ao alcance de todos. Os advogados seriam extintos, o subjetivo teria sigo sugado pelo social. A objetividade do poder, do interesse... um mundo, quem sabe, dos prazeres, um mundo sem Estados, um mundo sem obstáculos, um mundo infinito, das leis dos prazeres...