segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apenas um comentário...

Estou para o deixar a um bom tempo, mas sempre acabo me esquecendo, até porque a maioria dos textos aqui são feitos no "calor do momento": pensei um A, e já quero colocar logo pra fora todas as palavras. O pior é que pelo que tenho colocado tem sido, em alguns casos, um grande repeteco, entre o que quero e o que posso, entre o poder e a proibição. E nesse sentido, o proibitivo ganha o pseudônimo de "mundo", e o eu fica sendo o meu apelido às minhas vontades. Porém, o que seria esse "mundo"? Muito incerto, como diria o meu amigo Lukinhas: “é tudo e nada ao mesmo tempo”! Enfim, tentando caracterizá-lo (esse tal de mundo) da melhor forma - e conversando com o sr Renato - penso que esse tal de "mundo" seja não mais do que eu mesma! Hmm? Sim, um eu que muitos constroem (como eu) contrário ao daqueles dos desejos, dado por uma "condição histórica" (a educação, o reconhecimento da vida, os valores, e sei lá mais o quê) que impõe certos limites, medos... E fico, ou ficamos, assim, a internalizá-lo, a nunca estigmatizá-lo, ou melhor, como a Camilinha aprendeu com o seu terapeuta: a brincar com a imagem do medo, fazer distorções, fazer o que vc bem entender com ela. Ou seja, assumir que vc é quem projeta seus medos, seu "mundo", sua proibição, etc.
Bem, esse foi apenas um primeiro comentário de um possível reconhecimento e reorganização...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desse modo
Entre minha imagem e preservação social e emocional, posso lhe negar todos os convites, e mesmo um “Bom dia”. No entanto, como mulher, como alguém que posso acreditar ser sentimental e preocupada com o próximo, eis que gostaria de lhe responder positivamente a todos os convites, superar, até mesmo, a minha timidez e lhe fazer tantos outros mais. Essa situação só me deixa incerta, insegura, ansiosa, instável, individualista, julgadora e até corrupta. Altero-me, assim, facilmente, intoxico-me e vendo facilmente para o futuro o que mais gostaria de estar fazendo agora: dando lhe um “abraço”, o qual só imagino onde e como seria (se agora, com hálito de bolacha, chocolate e chicletes de menta), pois sei que o mundo, ao mesmo tempo que insiste para sermos proativos, exige-nos que não sejamos loucos ou extrovertido de mais, porque isso pode ser ousadia demasiada, que, por fim, talvez nos custe muito caro. Desse modo, deveria buscar o equilíbrio, mas as minhas recusas só me levam a pesar ainda mais as circunstância do que agora me permito revelar por palavras; ao passo que poderia (preferiria) declarar pessoalmente, de corpo presente. Bastava eu ter esse tal do equilíbrio, certeza do que quero e não quero, estável, assim, sem nenhuma tensão e pressão de tudo e todos. Ah... Se fosse assim, tenha certeza que poderia facilmente insistir, não lhe deixaria pensativo, e se eu tivesse algo para desconfiar ou temer, passaria por cima, porque o que me bastaria é simplesmente um momento: livre para não pensar, só sentir...