domingo, 3 de janeiro de 2010

O expressar-se
A timidez fez com que o lápis,
que pousara outras vezes sobre esta folha de papel,
hesitasse

Agia conforme sua falta de palavras para se expressar
Não sabia como fazer tangível o que agora só lhe restava esperar
Enfim, o prazo de validade

A eternidade que podia vir de todos os momentos inusitados,
parecia-lhe exaustivo
Acreditava que assim tudo perderia o seu encanto...
Mas desapercebido,
deixou de revelar a si sua falta de imaginação,
sua limitação diante das palavras que se renovam eternamente

Limitado, tímido, mas ousado
Havia de externalizar o que sentia, tanto seu prazer,
como sua indignação por achar tão difícil prosseguir
sobre aquelas linhas do papel – como expressar sua admiração?!

Então descobriu que haveria de contemplar
De longe achou que poderia inspirar-se pela liberdade das palavras
E assim forçou no papel sua inspiração,
Impulsionado por todo aquele sentir
que tanto hesitava em se tornar palavra,
escrita, toque, história, texto, poesia...

Ainda está na expectativa...
O dia do encontro está por chegar, e eis que o lápis
há de tocar com doces palavras a folha de papel, que também,
calada, em branco, o aguarda...

Um comentário:

  1. meu... esse texto é muuuuiiiiiiiiitooooooooo bom...
    nine, precisa postar mais extinhos né?
    mas esse é d+

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